Fonte: http://www.appoa.com.br/correio/edicao/238/bola_na_rede_um_varal_de_sonhosto_filmando/130
Bola na Rede
é um curta metragem experimental[2].
Este apresenta os porquês das crianças e adolescentes, de suas escolhas junto
ao Projeto de Futsal Social, cuja meta é a inclusão. Nossos atores filmaram o
caminho que um dos meninos percorre, a passos rápidos, de sua casa à Associação
de Moradores onde ocorrem as aulas. Quiseram que
fossem filmadas suas jogadas na quadra do ginásio coberto da empresa local que
cede espaço quando a quadra da associação fica inundada de chuva, que se
infiltra pelas goteiras do telhado. Na filmagem disseram o que pensavam ser inclusão
e diversidade, enquanto brincavam na Oficina do Brincar, dispositivo criado para
fortalecer os vínculos entre os alunos, com os professores e demais
profissionais do projeto[3].
Além, também, do depoimento do adolescente que desde sua infância participa das
aulas de futsal e faz seu acompanhamento junto ao Capsi[4]
da cidade.
O projeto
O
projeto está presente em cinco bairros da cidade e tem parceria com escolas
públicas e serviços da rede municipal. Surgiu há dez anos a partir do ideal de
levar o futsal para os bairros da periferia da cidade. A diretoria é
constituída em sua maioria de empresários identificados com esta associação
esportiva, desde sua fundação há 35 anos[5].
A sustentação do trabalho fica por conta de professores graduados em Educação
Física da universidade Feevale e estudantes em estágio e bolsistas deste mesmo
curso. Desde 2012, o projeto conseguiu aumentar sua equipe multidisciplinar e adquiriu
maior independência através da lei de incentivo ao esporte.
A realidade da periferia
A
periferia revela ruas que ainda podem ser lugar de brincadeiras, calçadas que
são palco para rodas de conversa e onde também roda o chimarrão. As ruas
centrais movimentadas abrigam o comércio local, fruto das muitas das famílias que
chegaram em busca de trabalho e melhores condições de vida. O dia-a-dia do
bairro conta com o burburinho das crianças e adolescentes em suas rotinas, além
da presença das escolas municipais e estaduais que sustentam a educação e o apoio
ao exercício de cidadania. Há os ginásios e quadras onde ocorrem as aulas do
projeto social e que são ponto de encontro dos alunos que levam seus vizinhos,
primos, irmãos e coleguinhas para, também, jogar futsal. O cotidiano vai de uma
tranqüilidade interiorana que se perdeu no centro das grandes cidades até uma
realidade de histórias de violência que contrasta.
A
periferia conta com outra imagem que enlaça à sua condição de estar à margem do
centro da cidade. Bauman refere “o duplo movimento na vida cotidiana onde os
bairros centrais são valorizados e tornam-se objeto de grandes investimentos
urbanísticos”, enquanto “outras áreas são corroídas pela degradação e tornam-se
marginais” (2009, p.8).
No
cotidiano das cidades vivemos uma fragilidade na constituição de empatia nas
relações sociais, uma dificuldade de entender o outro. A falta de circulação
entre os territórios deixa a população à revelia das apresentações e versões
circulantes no urbano com seus interesses capitalistas subjacentes. Bauman,
acerca do urbano, diz de uma “dinâmica estrutural a que estão sujeitas as
cidades”, considerando a especulação que ocorre do medo, “transformando-o na
base de uma política de controle e repressão”. (2009, p.9)
Entendemos
que esta imagem marginal presente no social adere não apenas aos territórios,
mas também a algumas crianças e adolescentes em maior vulnerabilidade, oriundas
das famílias mais pobres da periferia. Os atores de nosso curta metragem também
vivem um espectro de situações de vulnerabilidade social e dificuldades
emocionais que se refletem na aprendizagem ou no desenvolvimento de suas
habilidades. Quanto mais restritos forem seus lastros simbólicos, mais provável
que em suas histórias terão um encontro brutal das versões marginalizadas
presentes na comunidade e na família, tendo efeitos na sua estruturação
subjetiva. E, nesta realidade, quando chegam à adolescência ocupam os espaços
na cidade, quase sempre os mais temidos pela população - as ruas, os becos, as
esquinas, a noite, etc. Por vezes assumem também algum ato que infringe a lei.
E o ato de infração lhes retorna a sensação de serem respeitados pelas pessoas
do bairro – porém, respeito baseado no medo.
Crianças de ontem, adolescentes
de hoje?!
As
demandas para adequar comportamentos, seja nas famílias ou nas instituições de
ensino, têm cristalizado o assunto que poderia ser tratado com menos moralismo,
alcançando a compreensão do porquê as crianças de ontem terem se transformado nos
adolescentes de hoje. Normalmente, a passagem adolescente provoca ressonâncias
nas famílias e nas escolas. As transformações adolescentes frequentemente
produzem alvoroço – opiniões divergentes, defesa dos interesses próprios, convívio
com iguais, saídas para encontros que não envolvem a família.
Muitos responsáveis, que foram as referências
para as crianças, passam a alienar-se num senso de desresponsabilização, pois mesmo
que estas tenham crescido e sido educadas no bairro, não há uma acolhida
suficiente para inseri-las institucional e socialmente. Lebrun fala de “comunidade
de renegações”(2008, p.30) quando
refere as evitações das partes; e estas teriam como efeito o entrave do
trabalho de subjetivação. O que ocorre recorrentemente é a utilização de
enquadres na lei, que são buscados para tamponar uma representação que falhou
nos vínculos vivenciados junto aos atores da comunidade.
Medo?! Varal de sonhos.
O
medo faz parte da vida das crianças e aparece na fala do menino do projeto: “E
se tem alguém na rua o professor apita e ninguém vem. Eles se escondem lá embaixo,
lá naquela coisa lá no mato, porque tem medo do professor.” Entendemos o medo como
uma busca de representação do que os alunos vivenciam tanto na realidade
cotidiana quanto na constituição de suas fantasias. Medo que necessita de
compreensão, momento em que o psicanalista pode assessorar e introduzir escuta
e dispositivos que fortaleçam o sujeito em estruturação.
Outro
exemplo presente nos desenhos que compõem o varal do curta metragem, é o do
carro desenhado por um menino que diz: “É prá ir pegar o lobo”. Corso questiona
“Para que sentir medo?” (2006, p.58) quando vai situando o lobo da história
infantil como um representante escolhido para lidar com o medo e que, similar
ao cachorro, que seria a versão doméstica, outro é a selvagem. O lobo, enquanto
a versão selvagem do perigo doméstico, é uma prova de que a mamãe e o papai
bonzinhos que cada um de nós têm em casa podem também se tornar figuras ameaçadoras
e temíveis, bem como o professor.
Os desentendimentos, os desafios à autoridade,
as disputas de bola ou as disputas com os colegas durante as partidas em muito são
justificadas, projetando no colega aquilo que ainda não está sendo reconhecido
em primeira pessoa neles mesmos: “O fulano também bate nos outros”. Recordando aí os movimentos que a
criança realiza para se situar diante do adulto e do mundo através de suas
próprias posições e experiências.
Isto
que para a infância pode ter um acesso de entendimento, contando com a
literatura infantil, contando com a aura da infância, quando passa para a
adolescência fica, na maioria das vezes, mais difícil de entendimento. Adolescentes,
quando não conseguem reconhecer neles própriosos
traços dos que os educaram na comunidade, e privados assim de referências
simbólicas que lhes permitam a passagem ao social e à cultura, passam ao “acting-out”[6].
É da apropriação de objetos valorizados entre os adolescentes, consumo e
distribuição de drogas e até prostituição, que se utilizam para sustentarem-se
sem as referências adequadas.
Fragilidades do projeto
A
presença permanente de vagas é muito valorizada junto ao projeto e pela rede
encaminhadora. Porém, envolve uma das fragilidades deste, considerando que a abertura
de vagas tem em seu revés as evasões dos estudantes outrora encaminhados.
Sabemos do impossível de um projeto destas dimensões não conviver com evasões,
mas estas necessitam serem minimamente compreendidas, dadas as questões
apresentadas anteriormente. Outras saídas recorrentes são as dos instrutores[7],
também estudantes, mas bolsistas e estagiários do curso de educação física da
universidade apoiadora. Mesmo que estas
saídas fiquem justificadas por uma busca de melhor oportunidade no mercado de
trabalho, causam dificuldades aos vínculos com as crianças e adolescentes. E
reforçam, por vezes, naqueles mais vulneráveis o sentimento de abandono, descaso
e agitação.
Práticas
disciplinadoras, assistencialistas e/ou solidárias orientam muitas vezes os
projetos sociais e os encaminhamentos da rede. Estas, mesmo que apreciadas na
sociedade em geral, em um projeto de cunho social, se utilizadas como eixo de
sustentação do trabalho, dizem de uma contaminação através de boas intenções
que servem mais para auxiliar quem as pratica, do que escutar o que efetivamente
necessitam aqueles que são alvo deste auxílio. Funcionamento que deixa de
questionar e avaliar os efeitos do trabalho junto às crianças e aos
adolescentes.
Há
também a falta de dispositivos de lastro simbólico que fortaleçam a formação,
como supervisões individuais e institucionais e estudo sistemático nas equipes,
para quediante das realidades focadas aqui e presentes
na periferia os estudantes e profissionais percebam este mercado de trabalho como
oportunidade valiosa.
Oficinas: por quê?
Buscamos
através das Oficinas do Brincar e da Adolescência uma direção preventiva, no
sentido de criar um ambiente acolhedor que possa promover para além do que já
vinha sendo oferecido pela pedagogia do esporte, com a técnica e as táticas do
futsal, um espaço de encanto e leveza. Aposta que contou com um investimento no
tempo do sujeito linguajeiro, termo que até então era praticamente desconhecido
na equipe. As versões presentes no discurso da rede local que diziam respeito às
crianças e adolescentes, versões que se pulverizaram pela escola, projeto e
família, passaram a contar com uma escuta. A abertura de espaço para brincar e
jogar muitas vezes foi considerada infantil, visto o sentido dado ao brincar
como algo sem importância.
A
proposta levou outra lógica para as quadras, permitiu que as fantasias se
constituíssem, ou seja, permitiu que a angústia, o medo, a agressividade, se
conectassem com a possibilidade de representá-los, seja no jogo do pega-pega,
do esconde-esconde, na figura do lobo mau, etc. Acionava-se a passagem a algum
enredo possível, para só então cada um falar sobre si mesmo.Percebemos, como efeito imediato desta criação, um
apaziguamento da potência das versões acerca da agitação, agressividade e
violência e uma maneira de ressignificar algumas das evasões, seja por uma
permanência do aluno, ou uma saída do projeto, mas com um sentido sabido entre
as partes.
Esta
atmosfera para a qual o curta metragem aponta é indispensável para a sustentação
da cidadania desta população em condição de inclusão em sua comunidade. E
sustentar estes espaços depende de um trabalho que seja articulado
interdisciplinarmente.
Curta inclusão e
diversidade. Sonhar é possível!
“Eu
vim prá cá porque eu queria ser jogador de futebol.” Escutamos aí o sonho como
ponto de ancoragem do sujeito, a articulação do vir a ser adulto tomado pelo
imaginário social presente, quando se trata do futebol, vinculado ao tornar-se
famoso, reconhecido e sem dificuldades financeiras. Ideal social e desejo de
nosso pré-adolescente, reconhecível pela entonação de sua frase. Desejo fortalecido
através do imaginário social e de uma identificação aos craques que, em sua
maioria, emergem de realidades pobres através de seu talento no jogo. Porém, o
caminho do sonho nos desenhos do varal de sonho, é florido e colorido, incluindo
elementos da fantasia das crianças: andar de skate, de carro, estar em jardins
floridos, em pomares, etc.
Nossa
responsabilidade tem relação com o trabalho de um sujeito em constituição. Balizamos
então a participação de nossos atores no curta metragem, possibilitando que
percebessem que seu sonho de ser jogador de futebol já acontecia no cotidiano
de sua comunidade, pois assumiam seu fazer, e assim a ficção de ser jogador de
futebol entre seus colegas e amigos, na própria quadra do bairro. O que nos
parece possibilitar uma via simbólica de passagem para se pensarem com possibilidade
de alcançar seus sonhos. Sabemos que o futebol é algo forte e presente no
imaginário social e, como refere Enéas de Souza, “Copa é a produção de imagens
por meio de imagens” (2010, p.10), fazendo lembrar também dos ativos
financeiros dos investidores do futebol no país e no exterior. Porém, estas imagens
não levam as crianças e adolescentes das comunidades rumo à sua inscrição para
reconhecerem-se, a não ser que os investimentos tenham contado com uma relação
linguajeira com outrem local.
Nosso
pequeno goleiro nos emocionou no momento da entrevista, pois utiliza um pronome
até então em estruturação para ele, que reconhecemos quando diz para o
estagiário de jornalismo: “Ah...eu não sei isso”. Ou seja, o “eu” surgiu no projeto pela primeira vez audível
diante de alguém que gravava sua entrevista para o curta metragem. E, como
refere Ledoux sobre este momento, “um certo estado infantil é encerrado, e o
sujeito pode dizer ‘eu”. (1991, p.89)
Já
os adolescentes dizem: “Eu vim pro projeto porque é legal, os professores são
legais, as atividades.” Ou: “Por quê eu não sei explicar, porque é divertido”.
As relações fraternas são referidas: “Fazer amizades, não brigar com os outros”.
Assim, mesmo que sejam alvo das queixas dos professores acerca de sua agitação
e agressividade, revelam, através do que dizem, suas motivações em busca de um rascunho
possível. Forgetutiliza este termo, rascunho, associado às iniciativas na
adolescência.
O
rascunho é um tempo de intimidade incontornável para permitir ensaios
sucessivos e erros retificados. Esses últimos necessitam, para permitir os
reajustes, que o autor tenha avançado indulgentemente com respeito à si mesmo,
contando com a benevolência dos próximos.(...). A particularidade desse tempo é
que o autor investe uma parte de si mesmo que não se manifestava antes. (2011, p.63)
Forget ainda
esclarece que “a vulnerabilidade desse primeiro passo e o reconhecimento da
escolha num segundo momento necessitam, para se exercer, que a intimidade da
criança ou do adolescente seja respeitada.” (2011, p.64)
Nossos
atores referem que buscam o projeto para além do futsal, querem “jogar bola e
também brincar na pracinha, jogar bola na rua com os amigos, não brigar,
respeitar os outros, os mais velhos respeitar os mais velhos.” Aí há algo
interessante no depoimento do menino que sabe que há a demanda de respeitar os
outros, e diz dos mais velhos respeitarem os mais velhos. Como quem demanda que
o respeito esteja entre os mais velhos. Sua fala deixa a dúvida sobre o que este
pensa acerca do respeito aos mais novos. Questão importante, pois, se na
vivência das crianças não há o reconhecimento de estarem sendo respeitadas,
como estas darão conta desta demanda em relação aos adultos?
Com
certeza as falas das crianças nos lembram que, se elas fazem algo, é porque
foram atingidas pelo desejo de alguém, perceptível nesta fala: “Porque meu pai
disse que era legal. Porque o meu pai disse, eu gostei. Eu aprendo a chutar com
os dois pés e a jogar bola.”
Uma
minimização da agitação e agressividade dos alunos teve efeito através do
brincar, do escutar, do acolher com outro tempo o infantil, na continuidade das
oficinas. E também uma minimização na busca de comando, de transbordamento de
autoridade, de exigências de disciplina por parte dos próprios professores.
Houve um trabalho com a infância das crianças e com o infantil dos professores,
todos sendo convidados a falar em nome próprio, para além de ensinar ou
aprender um conteúdo dito como necessário pedagogicamente.
Autoridade
excessiva e falta de controle que ocorrem nas aulas são efeito de atitudes
passivas, sustentadas pela negação de alguns dos professores, por não se considerarem
ativos e causadores também das reações dos alunos. Questão que necessita de
assessoramento para que os profissionais envolvidos, que não têm este olhar
desde sua formação, possam ser convidados a refletir. Pois a agitação, a
indisciplina, as malcriações de crianças e adolescentes, ficam em plano
secundário quando o aluno é envolvido num ato educativo.
Cinema no shopping !
A ida das famílias ao shopping da
cidade para ver seus filhos, sobrinhos e netos na tela do cinema era o ponto alto
e o desfecho comemorativo dos atores e diretores do curta metragem, proporcionando
a passagem desta produção para o social e para a cultura. E, criou
possibilidades de trocas, de conversas e investimentos afetivos que até então
não tinham tido oportunidade igual.
Uma
das famílias, naquela manhã de sábado, se organizava para visitar familiares na
prisão. Como as crianças só iriam no final de semana subsequente, puderam seguir
conosco ao cinema no shopping para assistir ao curta metragem. Durante o trajeto
até o centro da cidade, conseguimos trocar impressões sobre questões viscerais
da sociedade que envolvem o cotidiano de suas vidas. Percebemos nas crianças
que acompanhamos, filhos de mães e pais cumprindo pena, que, mesmo não
convivendocom seus pais – e estando em contato
com o lastimável estado das prisões gaúchas –, contanto que tenham acolhida em
sua história a de seus pais, elas ficam bem. Dolto, quando fala sobre uma
castração bem sucedida, diz que “é aquela que é dada em tempo, nem muito cedo,
nem muito tarde, à criança, por um adulto ou alguém mais velho que a estima e
que ela ama e respeita e não somente em sua pessoa, mas de tal modo que através
dele a criança sente que seus genitores são respeitados.” (2002,p.60) Porém, para
a sociedade, mesmo que estes pais estejam cumprindo o que a lei determinou, as
histórias destes permanecem sem valor. Para as crianças é importante que
percebam o respeito aos seus pais, similar ao que o menino demandava em sua fala
“os mais velhos respeitar os mais velhos”. E, se respeitada esta condição dos
pais, de estarem pagando por seus atos através do que determinam as leis, as
crianças e adolescentes podem ter preservado o seu tempo, inclusive para
elaborar os porquês da privação de liberdade de seus pais. Mas, caso não tenham
o respeito ao seu tempo e ao de seus pais, em sua história, irão buscá-la em
ato, numa busca por transmissão que os autorize a algum lugar.
A
proposta de criar este curta metragem foi divulgar as Oficinas como dispositivo
de inclusão e diversidade junto à comunidade, alertar para a necessidade de equipes
que exerçam a interdisciplinaridade e promover a política de saúde mental desde
este lugar próximo ao cotidiano das crianças e adolescentes. O acesso às
realidades da periferia aqui apresentadas propõe também um repensar as direções
de trabalho do projeto social e inscrever outras versões possíveis para a
população pobre. Lembrando que brincar é um bom jeito de crescer e que as
fantasias e os sonhos podem transformar realidades.
Referências
Bibliográficas
BAUMAN,
Zygmunt. Confiança e medo na cidade.
Rio de Janeiro : Zahar, 2009.
CORSO,
D. L. e CORSO, M. Fadas no divã:
psicanálise nas histórias infantis. Porto Alegre : Artmed, 2006.
DOLTO,
Françoise. A imagem inconsciente do
corpo. São Paulo: Perspectiva, 2002.
FORGET,
Jean-Marie. Os transtornos do
comportamento: onde está o rolo? Porto Alegre: CMC Editora, 2011.
LEBRUN,
Jean Pierre. A perversão comum: viver
juntos sem outro. Rio de Janeiro : Campo Matêmico, 2008.
LEDOUX,
Michel H. Introdução à obra de Françoise
Dolto. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1991.
MOSCHEN,
Simone. “A infância como tempo de iniciação à arte de produzir desobjetos.” In:
Revista da Associação Psicanalítica de Porto Alegre, Nº 40. O infantil na psicanálise. Porto Alegre:
APPOA, 2011.
RODULFO,
Ricardo. O brincar e o significante: um
estudo psicanalítico sobre a constituição precoce. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1990.
SOUZA,
Enéas. De Deuses dos estádios a ativos financeiros. In: Correio da APPOA, nº
191. Linhas de passe. O inconsciente em
campo. Porto Alegre: APPOA, Junho/2010.
Autor: Sandra Meurer Romanini
[1] Sandra
Meurer Romanini é Psicóloga e psicanalista - realizou a direção deste
curta metragem juntamente com o estudante de Jornalismo e estagiário,
Eduardo Patrick Bettio. Email: sandrameurer.romanini@hotmail.com
[2]Participante
da II Mostra Experimental de Curtas metragens – Curta Inclusão e
Diversidade 2013, organizada pela SMED/NH em parceria com a Incubadora
Liberato, Atelier Livre e Secretaria de Cultura. Assista-o acessando: http://video.agaclip.com/w=Cp1DG7-rG7e.
[3] Psicóloga, supervisores locais, instrutores (bolsistas e estagiários) e assistente social.
[4] Centro de Atenção Psicossocial Infantil e Adolescente.
[5]UJR
– União Jovem do Rincão fundada em 1978 com origem nos jovens da
paróquia que competiam os campeonatos municipais de futsal e uma torcida
composta por moradores do bairro Rincão, em NH.
[6]Acting-out
“...consiste na mostração, para um olhar que sirva como testemunha, de
uma falta de referência simbólica.”(Forget, 2011,p.20)
[7]Instrutor é como é chamado, junto ao projeto, o professor anterior à sua formação acadêmica completa.
setembro de 2014 - Correio APPOA